IA pode prever risco de derrame de uma pessoa em 10 anos, aponta estudo

IA pode prever risco de derrame de uma pessoa em 10 anos, aponta estudo

O derrame é uma doença cardiovascular que ocorre quando os vasos sanguíneos para o cérebro ficam bloqueados ou estouram. A cada ano, cerca de 15 milhões de pessoas no mundo sofrem um derrame e, destes, em torno de 5 milhões morrem e outros 5 milhões de pessoas permanentemente incapacitadas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Nesse sentido, um estudo recente levou ao desenvolvimento de um modelo de machine learning utilizando inteligência artificial e um raio-X de tórax com potencial para prever em 10 anos o risco de uma pessoa ter um derrame ou ataque cardíaco.

O estudo foi realizado por pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts e os resultados foram apresentados no fim de novembro na reunião anual da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA). Sabe-se que, embora o derrame seja tratável, os resultados da pessoa variam de acordo com a rapidez com a qual ela recebe tratamento quando os sintomas começam, o que torna uma análise preditiva interessante.

A radiografia de tórax, além de proporcionar o exame dos pulmões, também ajuda na prevenção de doenças cardíacas, pois possibilita que o médico veja os demais órgãos na área dos pulmões, como o coração. Nesse sentido, para o desenvolvimento do modelo preditivo, os pesquisadores utilizaram um sistema CXR-CVD que foi treinado para procurar mais de 147.000 imagens de radiografia de tórax de quase 41.000 participantes e identificar padrões relacionados com doenças cardiovasculares. Uma vez desenvolvido, os autores verificaram que o sistema poderia prever o risco de uma pessoa sofrer um derrame ou ataque cardíaco em 10 anos por meio de um único exame de raio-X de tórax.

Contudo, a pesquisa ainda é preliminar e há uma necessidade de mais estudos de longo prazo. Atualmente, a conduta adotada pelo American College of Cardiology e pela American Heart Association sugere que esse cálculo de risco seja feito a partir de um modelo que requer variáveis como idade, sexo, tabagismo, lipídios, pressão arterial e diabetes, as quais não estão amplamente disponíveis, segundo os autores do estudo. Dessa forma, os pesquisadores almejam realizar mais triagens para avaliar o risco de derrame e demais doenças cardiovasculares por meio da radiografia de tórax no caso da ausência das variáveis de pontuação de risco atualmente vigentes.

Fonte: futurodasaude 

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